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Animação de artista rondoniense reconta a história de Rondônia sob perspectiva indígena

Uma nova produção audiovisual está ganhando espaço nas escolas de Rondônia e despertando reflexões profundas entre estudantes e educadores. Dirigida pela artista rondoniense Carol Terra, a animação Raízes da Terra propõe uma releitura da história do estado sob o olhar dos povos originários, valorizando a memória ancestral da Amazônia e promovendo o respeito à diversidade cultural.

O filme, que mistura arte digital e narrativas tradicionais, foi desenvolvido com apoio de educadores indígenas e historiadores locais. A proposta é apresentar aos alunos uma versão da história que vai além dos marcos oficiais, destacando a resistência, os saberes e a espiritualidade dos povos que habitam a região há milênios.

Desde sua estreia, a animação tem sido exibida em escolas públicas e projetos culturais, emocionando crianças e adolescentes com sua estética sensível e roteiro envolvente. Professores relatam que o filme tem gerado debates importantes sobre identidade, pertencimento e preservação ambiental.

“É uma obra que toca o coração e amplia o olhar dos nossos alunos. Eles passam a entender que a história de Rondônia não começou com a colonização, mas com os povos que já viviam aqui e continuam lutando por seus direitos”, afirma a professora Eliane Souza, da rede estadual de ensino.

Carol Terra, que também atua como educadora e ilustradora, explica que a animação nasceu do desejo de conectar arte e ancestralidade. “Quis criar algo que falasse com as crianças, mas que também fosse um convite à escuta dos saberes indígenas. A Amazônia é viva, e sua história precisa ser contada por quem a sente”, destaca.

A iniciativa faz parte de um movimento crescente de valorização da cultura indígena nas escolas, alinhado às diretrizes da Lei 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo escolar.


Além das exibições em sala de aula, Raízes da Terra será disponibilizada em plataformas digitais e deve integrar ações pedagógicas em outros estados da região Norte. A expectativa é que a obra contribua para fortalecer o diálogo intercultural e inspirar novas produções que celebrem a diversidade amazônica.



Por Rádio Amazônida 

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